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9 de julho de 2012

Europeus: dominando o mundo através das pickups – Parte 5: o elixir do sucesso.


Da esquerda para a direita: Linha 1 - DJ Antoine, Armin Van Buuren e David Guetta; Linha 2: Alexandra Stan, Avicii e Edward Maya. A safra atual e excelente dos principais DJs.

 

Leia a nossa série especial por completo: 

 

Parte1: introdução;

Parte2: adaptação do Rock – os EUA contra atacam;

Parte3: a herança de Robert Moog;

Parte4: o gênero próprio.

 

Galerinha do meu Brasil e, cada vez mais, de fora dele! Hoje eu finalizo a série de posts sobre a música eletrônica. Falamos sobre vários aspectos dela. Para rever é só acessar o índice acima. Hoje falaremos sobre o porquê das músicas eletrônicas fazerem tanto sucesso e como é que o gênero parece saber de cor o caminho das pedras na produção de grandes hits.

 

Ano após ano vemos DJ’s saírem de países que não aparecem com frequência no cenário musical mundial. Bulgária, Suécia, Suíça, Romênia, França, Holanda, Alemanha... Todos estes países exportam DJ’s de boa qualidade, mas são extremamente carentes de músicos em outras vertentes a nível mundial. Assim como os americanos exportam muito Rock, mas tem deficiências sérias em relação aos ritmos eletrônicos. Mas o que faz este estilo ter tantos adeptos e lançar tantas músicas de sucesso? A explicação pode estar em um fato simples.

 

A maioria dos DJ’s que nós vemos por aí fazendo sucesso com suas composições são, em sua maioria, produtores musicais. Esta profissão é responsável por supervisionar o trabalho dos músicos e tem livre arbítrio para, se necessário, alterar alguma coisa no curso da gravação de uma faixa ou álbum, para que no momento da mixagem tudo já esteja perfeitamente definido. O produtor musical também supervisiona a fase de mixagem das músicas, sendo de fundamental importância para o lançamento no mercado de uma obra fonográfica. Seu trabalho se equivale ao de um produtor cinematográfico, que supervisiona os processos de gravação, ou de um técnico de futebol, que assiste ao desempenho da sua equipe e, se algo estiver fora do normal, o mesmo não hesita em fazer alterações.

 

Diante de todas estas atribuições, um bom produtor musical pode ser o fiel da balança entre um álbum excelente e um álbum de mediano para ruim. Artistas sem muito talento encontram na figura do produtor uma espécie de tábua de salvação de suas carreiras (quero mandar um beijo pra Britney Spears...). Assim como um profissional gabaritado também sabe o bê-á-bá de como fazer uma música ser altamente comercial, popular e bem sucedida. Quando junta-se a figura do artista com a do produtor musical, o resultado parece inevitável: os hits saem de forma natural e o produtor-artista vai galgando lugares nas paradas de sucesso. Vale lembrar que nem todos os artistas que são produtores musicais vão necessariamente fazer sucesso. Como na Lei da Selva, apenas os fortes (ou os muito bons musicalmente) vão sobreviver.

 

Pra quem leu os posts do início ao fim, deu pra sentir falta do resto da minha história no transporte público enquanto o senhorzinho me falava sobre música. Não teve tempo de a história ter um fim. Antes que eu me desse conta, já estávamos no ponto final e ele ainda não havia concluído o seu raciocínio. Uma pena, já que a conversa estava surpreendentemente interessante. Eu pincelava alguns comentários enquanto ele se empolgava e falava ainda mais. Talvez tenha sido o senhor de idade que eu mais gostei de conversar nessas idas e vindas em transportes. Mas o ato final do quase monólogo dele me chamou muito a atenção:

 

“Se eu ainda fosse jovem, te chamaria pra trabalhar comigo. Foi um prazer conversar com você. É muito bom... Como os jovens dizem quando gostam muito de alguma coisa?”

 

Curtir, meu bom homem. Curtir a música é algo tão bom quanto conversar com alguém que fala a sua língua, mesmo com uma diferença de idade de quase 45 anos. Melhor ainda foi a dúvida na mente... O que será que ele era? Músico, produtor dos bons, como os citados por aqui? Limpava os estúdios no fim das gravações? Não sei... Talvez nem saiba mais. Mas isso não importa muito. O que vale é o momento... E, no fundo, acho que aproveitei bem aquele.

 

Musiquem-se!

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