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13 de julho de 2012

Espírito do Rock



Vários astros das várias vertentes do Rock e meus ídolos pessoais.


Quando eu estava folheando o planejamento do Curta Música para o ano e vi que 13 de julho cairia em um dos meus posts, de pronto fiquei feliz. Até pouco tempo eu não sabia que havia uma representação simbólica em torno desta data. Ela não mexe tanto comigo (se fosse feriado, acho que mexeria mais! kkkkk’), mas é ótimo saber que ela existe. Não, não é a sexta-feira 13. Hoje é o Dia Mundial do Rock!


A ideia de este dia representar toda uma cultura começou lá em 13 de julho de 1985, com um show chamado Live Aid. Artistas como Mick Jagger, Bryan Adams, Madonna, Phil Collins, The Who, Paul McCartney, Freddie Mercury e outros músicos que fizeram sucesso naquela época se reuniram em torno de um objetivo: arrecadar fundos para os famintos da Etiópia. Shows sincronizados no Japão, EUA, Inglaterra, Austrália e Rússia chamaram a atenção das autoridades para este grave problema. Uma sacada nobre do cantor e compositor Bob Geldof, que já havia feito uma daquelas canções estilo “We Are The World”, desta vez com vários músicos do Reino Unido com um grupo chamado Band Aid. Dentre os componentes havia o engajado Bono Vox, do U2 e David Bowie. A canção se chama “Do they know it's christmas?”.



Mas o Live 8 em 2005 (um trocadilho com nome do show que havia acontecido 20 anos atrás) foi o ponto marcante para que a data viesse a ser de fato o Dia do Rock. Também organizado por Geldof abrangeu um número maior de países, com shows na França, Escócia, África do Sul, Itália e Alemanha. O objetivo deste espetáculo que durou do dia 2 ao dia 6 de julho foi, principalmente, pressionar os líderes mundiais a perdoar as dívidas dos países mais pobres. De fato não era uma das missões mais fáceis, mas outro line-up de sucesso deu o tom da série de shows.

Maroon 5, Coldplay, REM, Snow Patrol, A-ha, Audioslave, Muse, Duran Duran, Kaiser Chiefs… No total mais de 1000 músicos participaram, mas o destaque maior veio de Londres. O palco principal do evento registrou um momento histórico: a banda Pink Floyd voltava a se reunir depois de quase 20 anos. O vocalista Roger Waters afirmou que nunca voltaria a tocar com os seus companheiros de banda, mas em função da causa nobre, eles fizeram um show histórico e muito emocionante.


A partir daí 13 de julho foi conhecido como o Dia Mundial do Rock em função do Live Aid. Por um erro não explicado, muitas pessoas no Brasil acreditavam que o Dia do Rock era 31 de julho. Queria eu que essa data fosse comemorada no meu aniversário (tem outras bem melhores dia 31 kkkkk’). Mas algo sempre me disse que o Rock é mais, muito mais que um mero gênero musical.

Quando estou no processo de conhecer pessoas no dia a dia, a maioria delas sempre pergunta:

- Gosta de música? Ah, já sei... Gosta de Rock, né? Essas bandas de Rock tem muito a sua cara...

Acho ótimo quando isso acontece. De verdade. Não tenho aquele visual característico que os leigos dizem que é sempre do roqueiro. Sem cabelos espetados, sem piercings ou tatuagens. Raramente uso preto, até porque Recife não permite muito. Meu visual mutável está muito mais para geek ou moderno que para um estereotipado do rock. Mas foi como eu disse: o rock não transmite apenas um punhado de bandas, guitarras frenéticas ou qualquer outra coisa que o valha. Ele transmite uma atitude, transmite uma personalidade que nem todos os gêneros possuem. Remete de imediato aos transgressores de épocas, pessoas visionárias em momentos de crise da sociedade moderna.

O Rock nasce e renasce a cada década. Nas mãos do brilhantismo de Freddie Mercury, Roger Waters, Bob Dylan, Johnny Cash, John Lennon e Paul McCartney, Elvis Presley, Chuck Berry, Little Richard, Kurt Cobain, Mike Knopfler, Jimi Hendrix, Jim Morrison e Janis Joplin, Mick Jagger e Keith Richards, Stevie Ray Vaughan, Les Paul, Eric Clapton… E outras dezenas de artistas que a memória me trai, mas que compartilham da mesma estrela-guia da genialidade. Rock é mais que solos com 15 páginas de tablaturas. Trata-se de um jeito diferente de enxergar as coisas.

Ele cresce na mente das pessoas. O Rock espalha as suas ideias, suas filosofias e suas letras com significados que vão muito além da mera interpretação do texto. Ter o Rock nas veias é carregar consigo mais de 50 anos de história musical. Isso faz com que ele se reproduza, resista ao tempo, faça gerações e gerações se encantarem com melodias já eternizadas no cenário mundial. Um acervo sobre música sem vários capítulos dedicados ao Rock acaba por se tornar seriamente desfalcado.

Mas é fato que o Rock não morre. Talvez nunca morra. A fórmula simples que cativa quem escuta faz deste gênero imortal no coração e em parte da alma de seus ouvintes. Quem sente o Rock sabe: uma vez que ele se instala, vai com você até a hora derradeira da morte. E que seja assim mesmo. Dizem que o conhecimento é a única coisa boa que você pode levar ao túmulo. Mas acho que no meu enterro, as lembranças marcantes do inesgotável espírito do Rock ocuparão o lugar das flores no meu caixão. Viva o Rock. Sinta o Rock. Ame o Rock! Abraços!

Musiquem-se!

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