Queridos
leitores! Ontem foi o Dia dos Namorados. Poderia dizer que foi Dia do Beagle na
França, ou que foi Dia da Rússia, ou ainda Dia do Enxadrista em São Paulo. Mas
prefiro que chova no molhado. Vou falar um pouco de amor. Inevitavelmente e
novamente, já que aqui eu tinha tocado de forma leve nesse tema. Enquanto
tomava uma xícara de café quente me vinham várias reflexões. Não que a bebida
faça isso. Creio mais nos efeitos milagrosos da quietude da minha casa. Nesse
entretempo me propus a arriscar um comentário polêmico: falar de amor, assim
como em outras áreas da vida, só faz sentido com conhecimento de causa.
Certamente
não é o caso de quem tem 32321531232121254 alguns “amores da vida” ao
longo de sua existência. O amor é um sentimento único. Mas ainda bem que ele
não é tão raro quanto se pensa. Este sentimento possui a mesma essência para
todos, mas tem a capacidade de ser mutável. Talvez isso explique o caso de
tantos amores ao longo da vida pra alguns.
Mas
o fato é que o amor é brega. É um dos sentimentos mais piegas da humanidade,
mas os benefícios do mesmo parecem apagar este fato já confirmado por tantos.
Muitas vezes o amor nos deixa sujeitos à vontade de outrem. Fazemos coisas
bestas, passeamos entre o Romance, a Comédia Pastelão e o Drama, mas tudo é
mascarado por um êxtase misterioso. Uma confiança oculta que faz quem ama não
perceber o que acontece. Só se quer amar. É isso que faz o amor ser tão bom e
merecer uma data apenas para celebrá-lo. O amor é fundamental, já que a Arte se
sustenta em boa parte nessas quatro letras mágicas. Cantores, compositores,
escritores... Muitos deles respiram o amor.
Talvez
o lado ruim do amor seja que você nunca sabe quando sentirá. Quando os
sentimentos começam a tomar um tom inédito e incrivelmente bom isso pode ser
amor. As afinidades quando começam a surgir indicam que o beijo ou o encontro
casual deixaram de ser o limite do envolvimento. E é o amor quem está lá pra
ampliar estes horizontes. A vontade de dizer “Eu te amo!” parece não cessar.
Mas
e quando o amor não acontece da forma que é pra ser? E quando ele acontece, mas
por puro medo de se machucar ele fica lá, guardado dentro de suas entranhas?
Você quer achar um modo de iniciar algo belo, mas a coragem lhe falta no
momento-chave. Certamente não é uma das melhores sensações.
Mas
ainda perde pra o “amor de amigo”. Certa vez ouvi que a pior coisa que um homem
pode fazer é despertar a amizade antes da atração por alguém. Levo isso como um
dogma, afinal, amigas são amigas e amantes são amantes, salvo raras exceções.
Mas a dor quando a frase “Vamos ser apenas amigos” é dita da única boca que
você não queria ouvir machuca muito mais que o sentimento supracitado.
A
felicidade de um casal quando todas essas intempéries passam é belíssima de se
ver. Mas o lado masoquista de todo artista romântico (e por que não dos seres humanos?)
sempre fala mais alto. A tristeza parece inspirar mais que a alegria. Um
relacionamento acabando é mais “poético” do que um amor inabalável. A rotina
costuma minar um amor.
Mas
a saudade sempre bate quando o amor acaba. Ainda tenho dúvidas em relação a
esse ponto, mas parece que essa fase é fundamental para que o amor feche o seu
ciclo e se renove em mais outra oportunidade.
Porém
convenhamos: o amor traz consigo a felicidade como maior sentimento. Todo amor te
faz feliz, mas nem tudo que te faz feliz é amor. Daí nós voltamos para os
primeiros parágrafos. Amor é felicidade, seja com ele, com ela, eles ou elas.
Pois como já dizia o poeta: fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz
sozinho.
O
meu café acabou. A postagem de hoje também. Passeamos dentro do post pela
alegria, momentos tristes e pelos românticos e belos, assim como eu disse mais
acima. Com base nisso dá pra entender que o amor além de brega é previsível? Nem tanto. Isso
só saberá se você sentir, caro leitor. Sinta! Ame! Seja feliz no feliz Dia dos
Namorados, ainda que seja na ressaca desta data comemorativa. Até mais.
Musiquem-se!
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