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29 de junho de 2012

Europeus: dominando o mundo através das pickups – Parte 3: a herança de Robert Moog




De mesas monstruosas a pequenos teclados: modernidade e praticidade em favor dos sintetizadores e da música.

Perdeu o começo da série? Leia:

Parte1: introdução;

Parte2: adaptação do Rock – os EUA contra atacam;

 

Hello again! Hoje o Curta Música dá continuidade à série de posts especiais relacionados à música eletrônica. Demos uma breve passada em mais de 20 anos de história deste tipo de música e vimos que o sintetizador ampliou as possibilidades de quem só podia fazer o processo de manipulação de áudio manualmente, de forma trabalhosa e com um número absurdo de erros. Hoje veremos o legado que estes instrumentos primários criados por Robert Moog deixaram para a música atual.

 

Seguindo a ordem natural de todas as facilidades tecnológicas, o sintetizador também progrediu no sentido de ocupar menos espaço e ser mais eficiente. O que antes ocupava um cômodo se reduzira a uma pequena mesa cheia de botões ou um teclado. Depois que os sintetizadores começaram a ser polifônicos (os capazes de gerar acordes, diferentes dos monofônicos, que só reproduziam nota por nota), a música ganhou um importante aliado para ampliar seus horizontes, ainda que os músicos tradicionais recebessem a novidade com um pé atrás. Alguns até achavam uma heresia fazer música sem os instrumentos tradicionais. Para entrar neste projeto era preciso arrojo,  vontade de mudar e unir vertentes. Alguns grupos fizeram isso. Veremos agora alguns deles:

 

Kraftwerk – Fundado em 1970, o conjunto musical de Dusseldorf, na Alemanha, introduziu de vez os sintetizadores na cultura musical popular. Os músicos, de visual peculiar, quase executivo, possuem um som que carrega em suas letras (quando elas passam de uma estrofe) a tecnologia e a vida urbana, algo que é bem perceptível nas melodias eletrônicas com um quê de robótico e altamente tecnológico para a época, resultando no sucesso com o público. Com eles a Techno e a Electro Music conseguiram firmar a música eletrônica como um gênero próprio, não mais vinculado a outras vertentes de música. A frase “Music non-stop, techno-pop” presente em algumas letras se tornou uma marca registrada desta banda pioneira, que está ativa até hoje;

 

 

A-ha – Fundada em 1982, a banda norueguesa capitaneada por Morten Harket, com Paul Waaktaar-Savoy na guitarra e Magne Furuholmen nos teclados se tornou um dos expoentes máximos do synthpop, gênero musical que aproximava muito o Rock da Música Eletrônica. “Take on Me” e “Hunting High and Low” se tornaram ícones de um trabalho ousado e que possui os traços dançantes das variantes eletrônicas atuais, mas com a classe do Rock. Junto com eles, outro expoente do synthpop foi o Depeche Mode;

 

 

Depeche Mode – Dois anos mais velha que o A-ha, a banda dos britânicos também atingiu o estrelato nas linhas do synthpop. Com canções reconhecidas no cenário mundial como “Strange Love” e “Enjoy the Silence” o conjunto dominou as paradas de sucesso do Reino Unido. Uma prova disso é que 44 músicas da banda figuraram na lista de músicas mais tocadas na terra da rainha. Estima-se que a banda já tenha vendido mais de 110 milhões de álbuns ao redor do planeta. O som da banda é um pouco mais carregado eletronicamente em relação aos noruegueses pelo fato de a banda ter sido pioneira no uso de samplers - instrumentos que reproduzem sons (samples) diversos armazenados em sua memória – nas suas melodias. Por falar em samplers...

 

 

Linkin Park – A associação dos vocais de New Metal característicos dos anos 90/2000 pela voz de Chester Bennington com elementos de samplers muito bem trabalhados por Joe Hahn e ainda os trechos ritmados de rap de Mike Shinoda fizeram da banda um sucesso absoluto a partir dos anos 2000. Talvez seja a banda americana que mais atingiu sucesso utilizando elementos eletrônicos em suas composições. O som frenético com refrões gritados a plenos pulmões por Chester escreveram o nome da banda no cenário mundial, ainda que bem longe das grandes bandas de todos os tempos;

 

 

Ainda poderia citar umas 300 bandas ou artistas que se utilizam de bases eletrônicas para compor as suas melodias. E nos mais variados gêneros. Funk, alguns da MPB, o Rap, variantes do Metal e, sobretudo, artistas do mundo Pop. No próximo capítulo a série de posts especiais fala mais sobre este interessante tipo de música. Falaremos sobre a música eletrônica propriamente dita e o segredo deste tipo de música para dominar as rádios do mundo. Até a próxima!

Continua...

 

Musiquem-se!

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