Indicação: Jack White - Blunderbuss

Galera bonita do Curta Música! Tudo bom com vocês? Eu estou ótimo! Espero que vocês também estejam. Resolvi invadir a tag de Mariana. Não, não é um hacker quem vos escreve. Também não é nenhum filme que Jack White está protagonizando. Vou começar a, esporadicamente, indicar alguns álbuns para vocês que nos acompanham. E vou começar muitíssimo bem indicando o disco “Blunderbuss”, do ex-cantor e ex-guitarrista da dupla formada com Meg: os famosos The White Stripes.

O nome que esteve à frente de conjuntos como o The Raconteurs e os Dead Weathers traz o seu primeiro disco assinando apenas o codinome de Jack White, lançado pelo seu selo próprio, a Third Man Records (mais uma das incontáveis referências do músico ao numeral 3) em parceria com a Columbia e a XL Recordings. Nele o guitarrista branquelo se reinventa e traz um trabalho interessantíssimo, meticulosamente planejado, altamente detalhista em relação aos arranjos e incrivelmente diferente do que ele fazia no tempo de Stripes.

Aproveito e trago um conselho de amigo: se você tem um fone que trabalha com voz e melodia separadamente (ou seja, que toca sons diferentes em cada orelha) escute com ambos. Se acontecer o contrário você perderá partes importantes do trabalho. Jack sempre é altamente preciosista em suas composições. Ele tenta harmonizar ao máximo, letra, melodia e voz. E com essa produção não haveria de ser diferente. O disco começa muito bem com a faixa “Missing Pieces”, que trabalha de forma impecável elementos de piano executados pelo próprio White aliados às suas tradicionais guitarras rasgadas. Essa mesma combinação pode-se ver em outras canções da produção.

“Sixteen Saltines” chega perto do que era feito no tempo de Stripes, mas acho que o ponto alto do álbum é a terceira música: “Freedom At 21”. Um riff e solos de guitarra tão marcantes quanto os de “Seven Nation Army”, mas com uma linha de percussão muito envolvente, sem as batidas consideradas “primárias” executadas por Meg. Não deixe de escutar “Love Interruption”, a melódica faixa-título “Blunderbuss”, “Hypocritical Kiss”... Enfim. O disco é ótimo! Pode escutar todo, mas não espere muita coisa a ver com os Stripes. Esqueça essa fase e foque no potencial de um músico que parece não conhecer limites para a sua própria arte.

Acho que a proposta do nome “Blunderbuss” (algo como bacamarte ou garrucha em português) foi cumprida. Um tiro certeiro no bom gosto de um dos grandes músicos da atualidade. Certamente esse disco dará muito que falar pelo teor artístico peculiar da produção. Passear com tranquilidade em várias vertentes musicais do sujo ao clássico com um altíssimo padrão de qualidade não é pra qualquer um. Se fosse pra dar estrelas, ficaria entre 4,5 e 5 douradas.

Escutou? Gostou? Não gostou? Concorda comigo ou quer me matar? Deu vontade de vomitar ou de tocar guitarras frenéticas? Deixem as suas impressões nos comentários. Gosto muito de debater com os leitores. Abraço!

Musiquem-se!