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25 de setembro de 2012

Considerações VMB 2012



Gaby Amarantos no tapete vermelho do VMB: felicidade e três prêmios no bolso.

Aficionados de música do meu Brasil! Como vai a força de vocês? Há de estar tal qual a do He-Man. Eita que fazia tempo que eu não agraciava o blog com um post. Já estava com saudades... Hoje nós vamos falar da repercussão do VMB 2012 em relação a tudo, mas principalmente em relação às minhas apostas. Tudo que eu tinha previsto em relação aos fatores negativos que atrapalhariam meus palpites aconteceu. A falta de “ritmo de jogo” atabalhoou os meus chutes. Mas enfim. Vamos começar a crônica. Primeiro a parte informativa da coisa: os vencedores das categorias. Em destaque as categorias que eu acertei o palpite:


Artista do Ano: Gaby Amarantos
Melhor Música
: Emicida - Dedo na Ferida (Emicida) e Wado - Com a Ponta dos Dedos (Wado e Glauber Xavier)
Melhor Disco: B Negão & Os Seletores de Frequência - Sintoniza Lá
Clipe do Ano: Racionais MC's - Mil Faces De Um Homem Leal (direção de Daniel Grinspum)
Melhor Banda
: Vanguart
Revelação: Projota
Melhor Artista Masculino
: Criolo
Melhor Artista Feminino
: Gaby Amarantos
Melhor Capa: Gaby Amarantos - Treme (arte feita por Greenvision e Gotazkaen)
Aposta: O Terno
Hit do Ano
: Restart - Menina Estranha
Artista Internacional
: One Direction

Antes de qualquer coisa, parabéns aos vencedores. De uma forma ou de outra, eles fizeram um bom ano e mereceram os prêmios. Acertei seis palpites de doze (dois de primeira e quatro de segunda). Ou 5.5, já que ninguém esperava um empate na categoria "Melhor Música". Um número bom que poderia ser melhor caso eu fosse mais "povão". O público votou mal nas duas categorias em que lhe cabiam o direito de escolha segundo os presentes no evento. “Menina Estranha” tirou o prêmio quase certo de “Dançando”, que nem esteve entre os 3 melhores colocados (uma música que tocou em quase todas as rádios do país, das punks até as mais conservadoras, ficar em 8º na colocação geral... Francamente). Primeira vaia da noite foi para o Restart, que por meio do seu porta-voz Pe Lanza exigiu respeito ao seu trabalho.

A banda One Direction ganhou a categoria “Artista Internacional”. Representantes do maior fã-clube deles no Brasil subiram ao palco pra ganhar a premiação, uma forma bem original de suprir o vácuo constrangedor que muitas vezes ficava quando um artista que nem sabia da premiação acaba por ganhá-la. Novas vaias, dessa vez menos justificadas, já que eles realmente tinham chances enormes tirando a grande leva de fãs ensandecidas, ainda que também não tenha me agradado nem um pouco.

Mas minha bronca maior fica com a crítica. O folk brasileiro passou de favorito gritante a um mero coadjuvante. Mallu Magalhães no ápice da sua carreira, a grata surpresa do ano Vanguart e a sensação musical Agridoce somaram, juntos, 12 indicações para a decisão final do júri da “Academia MTV” (contando novamente com o produtor Miranda, o apresentador Serginho Groisman, a ex-VJ Marina Person, o ator e cantor Wagner Moura, e vários outros nomes) em 8 categorias diferentes. Levou apenas um prêmio, com Vanguart. Quem brilhou mesmo foi Gaby Amarantos, levando três prêmios em 4 categorias. A mesma Gaby que teve seu disco (que não esteve entre os melhores para votação popular) dirigido por Miranda, integrante do júri. Talvez a máxima de valorizar o nacional tenha contado bastante, uma vez que o tecnobrega é paraense de raiz, diferente do folk, cada vez mais nacional, mas com origens canadenses e americanas pelas mãos de Bob Dylan.

A proposta de colocar em voga os grandes acontecimentos nacionais também parece que deu um empurrãozinho aos vencedores. A volta do excelente Planet Hemp justamente no palco do VMB colocou o disco de B Negão (único que eu não apontei como finalista) como vencedor e no centro dos holofotes numa categoria importantíssima. A ressurreição do Rap aliado ao tema do VMB cheio de referências a cultura de rua brasileira também deu um prêmio ao Projota e outro aos Racionais MC’s (merecidíssimo pelo clipe que apresentou).




Como não podia deixar de ser, rolou muita música também. Além de Planet Hemp, Gal Costa, Karina Buhr, ConeCrew Diretoria, Agridoce, Marcelo D2, Bonde do Rolê, Projota e Emicida, rolou o gran finale com Racionais MC’s. O show mais longo da festa reforçou a ideia dos presentes de que aquele é o “verdadeiro rap do Brasil”. Mano Brown mostrou com suas músicas que ainda pode dar muito ao mercado fonográfico brazuca. Ah! Como eu poderia esquecer a apresentação de João Lucas e Marcelo com Bruno Sutter, o Detonator, cantando “Eu Quero Tchu, Eu Quero Tchá” em ritmo de metal? Certa vez li em algum lugar que o personagem de Sutter representa mais a vergonha e um estereótipo pífio e ultrapassado dos metaleiros que uma homenagem aos mesmos. No dia do VMB eu tirei a prova disso. Minha febre subiu 0,8 ºC depois de ver a apresentação dos três.

No mais é isso. Entre decepções, Valdirene, Neymar, Emerson Sheik exalando libido pra cima do Didi da MTV, rap, folk, bregapop, vaias, skates e afins o VMB deixou uma figura bem melhor que a tão mal falada impressão do Prêmio Multishow (resgatada com gosto por Marcelo Adnet ao final da premiação paulista). Torço pra que o novo folk brasileiro consiga ter um dia de torcida organizada e faça um arrastão no VMB. Dia esse que, de preferência, o furacão do Pará Gaby Amarantos já tenha enjoado de tanto brilhar.

Gostou do post? Vai me xingar? Quer mandar um salve pra família? Comente, curta e compartilhe! Faça tudo isso e não se esqueça de nos seguir no Twitter e de curtir nossa página no Facebook! No final da semana eu volto pra trazer mais um post fresquinho e cheio de ideias pra vocês. Abraço!

Musiquem-se!

2 comentários:

Laura Lira disse...

Vamos nos Pedro Bializar, rapaz... Deixar, pelo menos por um instante, o highbrow de lado e abrir a cabeça pra aquilo que é "apedrejado", a relativa escória também tem muito a nos acrescentar! O "trash" pode ser bom, animar um happy hour, ser o motivo para tímidos se soltarem e tirar muita gente da deprê. Como você mesmo disse, há de se valorizar o que é nosso! Amo folk e afins, não troco por Gaby Amarantos, mas isso não me proíbe de achar outros estilos interessantes. Vale lembrar que o Brasil é o país da miscigenação.

Alan Carvalho disse...

hahaha! Por isso que Laura é a leitora nº 1. Sempre com boas colocações.

Mas de forma alguma eu fiquei triste por Gaby ter ganho. Acho válido as minorias musicais do Brasil ganharem tantos prêmios. Muitos artistas poderiam estar no final da frase "2012 foi o ano de..."

O nome dela realmente ficou mais combinante na frase citada. Só achei que faltou o folk ser melhor contemplado nisso aí. 2013 promete para todos os artistas citados aqui. Tomara que a premiação seja eclética novamente.

Beijos!

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