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11 de agosto de 2012

Um pouco sobre Leo Fender



Leo Fender (1909-1991)
 
Fala galera! Tudo bom com vocês? Espero que sim. Hoje nós vamos falar sobre ontem. (WTF?). Explico: no último dia dez, mais conhecido como ontem, um dos caras mais  geniais e significativos da história do Rock completaria 103 anos. Não falo de nenhum monstro sagrado da música de outrora e que, infelizmente, já esteja debaixo da terra. Falo do luthier americano Clarence Leonidas Fender, ou Leo Fender para os íntimos. Os mais chegados no instrumento de cordas mais famoso do mundo já sabem a importância que esse cara teve na música, mas como eu gosto de trazer informações pra quem segue o Curta Música não sair "voando" do blog, vou fazer um breve resumo do que esse cara foi.
 
Nascido em 1909, Leo Fender tinha uma paixão profunda por rádios. Não de ficar escutando, mas pelo modo como o equipamento funcionava. Campos eletromagnéticos, impulsos elétricos, captação de sinal... Tudo isso interessava ao, então gartoto, Fender. Até o começo da Era Fender os músicos usavam guitarras semiacústicas (aquelas guitarras maiores que é comum ver em vídeos dos Beatles), maior inovação tecnológica da época e que eram bem mais modernas que as guitarras acústicas (o violão que conhecemos).



Eric Clapton Stratocaster® Foto: www.fender.com

O grande problema era que a abertura acústica (a boca, como é conhecida popularmente aquela fenda no corpo do instrumento) poderia causar interferência na captação da vibração das cordas dependendo do captador a ser utilizado, prejudicando levemente a qualidade de som caso o mesmo fosse amplificado, uma vez que os captadores elétricos não transformariam com perfeição as vibrações das cordas em impulsos elétricos. Por isso era comumente utilizado na época microfones de voz diretamente dentro do corpo destas guitarras. Fender viu que aquele problema tinha fácil resolução: uma guitarra de corpo sólido e captadores magnéticos mais elaborados conseguiriam utilizar quase que a totalidade das vibrações das cordas para produzir sinais elétricos.

E foi isso que fez. Repare que não há quaisquer fendas na guitarra que postei acima. Os bons captadores são fundamentais neste tipo de guitarra pois o som que sai delas precisa ser amplificado, caso contrário o instrumento não tem muita serventia. Porém o som mais baixo deu vazão a uma possibilidade incrível para guitarristas de todo o mundo: usar pedais de efeitos (pedais que modificam o sinal elétrico gerado pelos captadores antes de amplificá-los) em suas composições, revolucionando a história da música. Esse era o princípio de uma grande ideia que se tornou realidade em 1946, com a fundação da Fender Electric Instruments Manufacturing Company, que logo progrediu para Fender Musical Instruments Corporation. O crescimento rápido se explica pela oportunidade que o negócio teve mediante o pós-guerra, como boa parte das empresas americanas. Mas os anos 50 reservavam belas surpresas para os músicos da época, ou até aos apreciadores de música dos dias atuais.



Duff McKagan Precision Bass® Foto: www.fender.com

A Fender foi responsável por colocar em circulação dois dos modelos de guitarra mais famosos do mundo: a Telecaster e a Stratocaster (primeira foto). O mais famoso deles foi lançado em 1954. Os baixistas também devem dar um beijinho na sepultura do luthier que morreu em 1991. A linha de baixos elétricos Precision Bass (foto acima) lançada comercialmente em 1951 também tem a marca registrada Fender. Este modelo foi assinado por Duff McKagan, lendário baixista da formação clássica dos Guns n' Roses. Todos os produtos da empresa de Fender carregavam consigo um design inovador, muito diferente do que era visto na época e que era bem mais ousado e vanguardista em relação ao modelo das guitarras de sua principal concorrente, a Gibson, que são mais parecidas com as clássicas guitarras semiacústicas (vide as guitarras Gibson Les Paul). Como não podia deixar de ser, o legado de Fender não se restrigiu apenas às guitarras e baixos elétricos. Vários amplificadores, microfones, cordas (dã!) e outras coisas ainda são produzidas por esse gigante da indústria musical.

Sei que a "homenagem" meio que se perdeu com a vasta história das guitarras, mas acho que a vida de Leo Fender era assim também. Não se sabia ao certo o que eram os seus passos de vida e o que era história dos instrumentos que ele tanto ajudou a aprimorar. Fica aqui o registro do Curta Música e o agradecimento pela contribuição prestada por este grande cara.

Musiquem-se!

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