Gente,
vamos começar a introduzir os leitores do blog ao cinema mundial. Um “resumo”
dos pontos fracos e fortes de países que se destacam nessa arte. Mas enquanto
os posts especiais não chegam, como já tem um pouco (tá! Mto) do cinema
americano por aqui, que tal uma indicação francesa para variar um pouco?
Alguns filmes devem ser assistidos com a mente aberta. Alguns outros, com o
coração “leve”. Um deles é A Bela Junie.
Dirigido por Christophe Honoré e estrelado por Léa Seydoux e Louis Garrel.
Com um roteiro muito elogiado pela sensibilidade, Honoré conta o drama de uma jovem recém-chegada à cidade que passa
a encantar a todos com a sua beleza. Inclusive seu professor de italiano. O
filme tem como pano de fundo a juventude e suas avalanches sentimentais, o
cotidiano e os conflitos presentes no ambiente escolar. Os personagens são
fortes e ao mesmo tempo sensíveis e alguns, como Junie, destacam-se pela
originalidade ao ser construído.
Junie
(Seydoux) é o tipo de protagonista calada, mas decidida e independente. Os
franceses, no geral, adoram criar personagens assim. Acima de qualquer romance
ou paixão por alguém, há o amor-próprio: buscam a si mais do que aos outros. Os
protagonistas, em filmes assim, tem sede de conhecimento. Primeiro eles, suas
razões, seus princípios, suas decisões, depois os outros, seja o que ou quem.
Costumam usar seu raciocínio acima de qualquer sentimento. Esse lado
“independente” é mostrado desde o principio, logo após Junie despertar a
primeira paixão na escola. Paralelo a esse fato, também é evidenciado como a
inteligência é importante para a personagem, uma vez que Junie “desdenha” do
rapaz ao questionar seu conhecimento. Até se deparar com seu professor galante.
Acostumado a ter os suspiros das alunas (e professora) da escola, Nemours (Garrel) possui
um excesso de confiança quando o assunto é conquista. Nesse ponto há o choque:
Junie (independente e idealista) x Nemours (charmoso e
confiante). E o que é mais atraente do que a complexidade em si em casos assim?
O choque entre pessoas seguras de si, de suas vontades.
Na maioria dos filmes, personagens com a personalidade de Junie são taxados apenas de “introspectivos”. De fato, geralmente, o são. Porém, Junie foi construída com um diferencial. Ela é complexa. Apesar de evidenciar seus desejos ao longo da história, não se sabe se ela realmente os sente, e qual a intensidade dos mesmos, ou se prefere sempre fugir do que quer. O fato é que se deseja saber o que ela pensa do início ao fim. E é isso que vai prender você à tela.
Com um final surpreendente e uma trilha sonora encantadora, A Bela Junie foi muito debatido. Principalmente pelo fato de ser uma “crítica” ao governo de Sarkozy onde, ao citar a leitura da inspiração do filme (La Princesse de Clèves de Madame de La Fayette) negativamente, os franceses buscaram o livro em massa. Vale muito a pena conferir.
Na maioria dos filmes, personagens com a personalidade de Junie são taxados apenas de “introspectivos”. De fato, geralmente, o são. Porém, Junie foi construída com um diferencial. Ela é complexa. Apesar de evidenciar seus desejos ao longo da história, não se sabe se ela realmente os sente, e qual a intensidade dos mesmos, ou se prefere sempre fugir do que quer. O fato é que se deseja saber o que ela pensa do início ao fim. E é isso que vai prender você à tela.
Com um final surpreendente e uma trilha sonora encantadora, A Bela Junie foi muito debatido. Principalmente pelo fato de ser uma “crítica” ao governo de Sarkozy onde, ao citar a leitura da inspiração do filme (La Princesse de Clèves de Madame de La Fayette) negativamente, os franceses buscaram o livro em massa. Vale muito a pena conferir.
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