Da esquerda para a direita: Delia Derbyshire, Ron Grainer, Robert Moog e Wendy Carlos. |
Wazzup!
No post passado foi falado sobre o contexto histórico do Rock e os primórdios
da música eletrônica. Deu pra notar que o contexto musical do século XX foi uma
cópia fiel da situação mundial na época. Ao final da Segunda Guerra, a Europa
usou da vanguarda nos movimentos artísticos para dar os primeiros passos num tipo
de música muito interessante, além de ver o continente, sobretudo o Reino Unido, colocar seu toque cultural no ritmo que os americanos admiravam pelo
grande apelo popular e ritmo dançante. Neste post veremos como os americanos
reagiram a essa nova tendência musical e como ela reflete nos dias de hoje.
A Música Eletrônica vinha se mostrando uma alternativa belíssima para novas e
criativas construções musicais, além de indicar um marco na história: a alta –
e cara – tecnologia sendo usada para a composição de melodias. Estava a cada
dia mais óbvio que a Música Eletrônica ultrapassaria os limites do clássico.
Era quase uma certeza que a mesma iria se popularizar. Muitas pessoas
enxergaram isto, porém pouquíssimas conseguiram por em prática. Três, mais
precisamente: Robert Moog, Wendy Carlos, e Delia Derbyshire.
Moog
era americano e é considerado “O Pai dos Sintetizadores”. O que hoje você vê até
nas mãos de crianças portando teclados de brinquedo com sons de vaquinhas,
ovelhas e afins tem por trás uma história que também se encaixa de forma
interessante na situação mundial da época. Os protótipos de sintetizadores
foram criados por Kazu Theremin, um russo cuja família já tinha contribuições
notáveis em instrumentos eletrônicos, como o próprio teremim. Moog conseguiu
aperfeiçoar a ideia dos russos em mais uma das batalhas tecnológicas entre a
Rússia e os EUA (Cold War rulez!).
Robert
tinha uma maravilha tecnológica nas mãos, mas vários problemas na outra. Como
os computadores da época, seu sintetizador era enorme (algo em torno de 2x5 m), monofônico
(sem a possibilidade de formar acordes) e analógico, difícil de manusear e engenheiros especializados em que nada
lembravam os atuais DJ’s eram responsáveis por passar horas e horas calculando
para conseguir fazer o aparelho emitir um som, ainda que sem a certeza de que o
mesmo sairia agradável. O inventor queria que a sua cria se popularizasse, mas
teria de resolver todos estes problemas primeiro. E é aí que entra a figura de
Wendy (ou Walter) Carlos.
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